Este foi o principal objectivo  da segunda formação de Operadores de Casos de Violência Doméstica que juntou mais de 40 profissionais, entre conselheiros familiares, agentes da polícia nacional, activistas de ONGs e quadros das administrações dos 9 municípios da província de Luanda.

A acção formativa está inserida nos designíos do Manual de Atendimento às Vítimas de Violência, que visa em particular, alinhar o tratamento das Vítimas de violência nos distintos organismos de atendimento, apoio e protecção. 

No acto de encerramento, a secretária de estado para família e promoção da mulher Elsa Bárber,  disse que a capacitação permanente dos profissionais que lidam com os assuntos de violência, constitui um desafio do Governo angolano nos diversos domínios, inserido nas diferentes plataformas, quer regionais como internacionais.

No seu ponto de vista, a protecção às vítimas, passa necessariamente pelas distintas ferramentas de protecção, bem como, dos serviços de atendimento e apoio às vítimas de violência e rigorosamente na identificação e responsabilização dos prevaricadores de tais práticas criminosas.

Para Elsa Bárber, a violência contra as mulheres, jovens, crianças e idosos, é um fenómeno complexo, multidimensional que aflige todas as classes sociais, idades e regiões, colocando muitas vezes as famílias em situações de risco e de extrema vulnerabilidade, o que afecta à todos nós, cuja intervenção e resposta, exige necessariamente acções multidisciplinares e coordenadas entre os distintos actores. 

A secretária de estado para família e promoção da mulher, mostrou-se preocupada com os dados do serviço SOS-Criança que no período de Junho de 2020 a Maio de 2022,  recepcionou um total de 220.157 denúncias telefónicas de violência contra a criança, provenientes das 18 Províncias do país, sendo, 108.870 do sexo masculino e 111.287 feminino.

Revelou que os centros de aconselhamento familiar e salas de atendimentos às vítimas de violência, durante o ano de 2021, foram registados presencialmente, 2.929 denúncias de casos de violência doméstica dos quais, 632 feito por homens e 2. 297 por mulheres, enquanto que os terminais, 145 e 146, registaram um total de 15. 701 ligações diversa, incluindo as de violência. 

Elsa Bárber revelou que a acção formativa privilegiou os técnicos dos centros e salas de aconselhamento familiar, adistritos a Província de Luanda, com o fim único de continuar a melhorar a qualidade de resposta técnica dos serviços de apoio e protecção às vítimas de violência doméstica e baseada no género.
No entanto, durante os três dias de formação, foram abordadas temáticas como os instrumentos legais de prevenção e combate a violência doméstica, habilidades em aconselhamento familiar, procedimentos de atendimento a vítima e gestão do agressor, direitos da vítima e tratamento dos dados estatísticos.