A ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, revelou nesta terça-feira (15/03), em Nova Iorque, que em 2021, foram afectadas pela seca Um Milhão, Seiscentas e Duas Mil, Seiscentas e Sessenta pessoas, destas, 52% são mulheres.
Faustina Alves, que discursava durante a Mesa Redonda sobre "Mudanças climáticas, políticas ambientais e de redução de risco de desastres e programas: promover a igualdade de género por meio de acções holísticas e integradas de global para local”, que decorre no âmbito da 66° Sessão da Comissão sobre o Estatuto da Mulher, que o Governo Angolano tem como bandeira a participação activa no controle das espécies da Biodiversidade, através da implementação da Convenção CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das espécies da fauna e da flora silvestres ameaçadas de extinção), bem como a promoção de acções com enfoque a economia circular, onde as mulheres se destacam como inovadoras em matéria de reciclagem a nível local.
Lembrou que o Governo Angolano está a implementar o Plano de Desenvolvimento Nacional – 2018-2022 que integra programas e acções específicas para a protecção das mulheres face aos riscos e desastres naturais e ambientais, por via do Programa de Educação, Formação e Capacitação Ambiental, Programa de Gestão e Monitorização Ambiental dos Sectores de Risco, Programa Nacional de Qualidade Ambiental e o Programa de Combate a Seca e a Desertificação.
Para o alcance dos desafios a ministra do MASFAMU disse que Angola dispõe a nível doméstico de uma Política Nacional para Igualdade e Equidade de Género tem Igualdade a Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas 2021-2035 a, Estratégia e Plano de Acção Nacional para a Biodiversidade assim como tem elaborado Orçamentos Sensíveis ao Género.
Reforçou que fruto das várias acções de sensibilização e implementação conjugada da Convenção de Ramsar e das Espécies Migratórias (convenção sobre as zonas húmidas de importância Internacional) , em 2020, foi lançada a campanha nacional de reflorestação de um milhão de mangues, ao longo da extensão da orla marítima de Angola, promovendo assim a protecção de espécies importantes na cadeia das espécies da fauna e da flora.
"Privilegiamos a produção de energia limpa proveniente das barragens hidroelétricas existentes, assim como as fontes renováveis de energia, com destaque para a produção de energia fotovoltaica com parques solares que vão reduzir o consumo de combustíveis fósseis na produção de energia elétrica", asseverou.
Reafirmou o compromisso e a total disponibilidade do Governo angolano para receber as considerações e recomendações advindas da 66° Sessão da Comissão sobre o Estatuto da Mulher, com vista a concretizar-se as directrizes da Plataforma de Acção de Pequim e da Convenção sobre Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher.