Mais de 500 chamadas de denúncias de violência contra crianças são registadas, diariamente, por operadores da Linha SOS-Criança, informou, nesta/ em Luanda, o director do Instituto Nacional da Criança (INAC).

Paulo Kalesi, que falava à imprensa, após a visita do director regional para África do UNICEF, Mohamed Fall, disse que a fuga à paternidade, violência física e abuso sexual são os casos que mais predominam nas chamadas feitas em todo o país.

De acordo com o director do INAC, as províncias de Luanda, Benguela, Huambo e Huíla são as que apresentam maior número de denúncias de diversos tipos de violência contra crianças.

Paulo Kalesi referiu que desde a criação da Linha SOS-Criança, em Junho de 2020, foram feitas 211.583 denúncias, tendo 104.504 casos sido resolvidos pelas entidades de direito e os restantes em fase de conclusão.

No que diz respeito à cultura de denúncia por parte do cidadão, o director do INAC disse que aos poucos tem-se registado um número considerável de pessoas que usam os seus meios de comunicação para denunciar qualquer tipo de violência contra a criança.

A Linha SOS-Criança, frisou Paulo Kalesi, é um projecto do Governo que em pouco tempo de existência tem vindo a realizar feitos em prol da criança, denunciando todos os males que afligem a sua estabilidade física e psico-emocional.

O director do INAC informou que a Linha SOS-Criança está prevista no Plano Nacional de Desenvolvimento e no Orçamento Geral do Estado (OGE). Para este ano económico, frisou, foram disponibilizados 90.000.000 de Kwanzas.

Os resultados que a Linha SOS-Criança tem vindo a obter, disse Paulo Kalesi, fez com que Mohamed Fall viesse constatar na prática aquilo que o UNICEF em Angola relata sobre a protecção da criança, em todo o território nacional.

Segundo o director do INAC, a Linha SOS-Criança tem recebido apoio do UNICEF nos domínios da formação dos operadores, visibilidade da linha e capacitação dos pontos focais.