Uma boa alimentação é fundamental para o desenvolvimento da capacidade cognitiva dos alunos, ajuda no rendimento escolar e na prevenção de doenças derivadas de uma má nutrição, afirmou está quinta-feira,( 3/03), a Secretária de Estado para Família e Promoção da Mulher, porocasião do acto Central do dia Africano de Alimentação Escolarque decorre Sob o lema "Nutrição e Desenvolvimento do Capital humano na África através do aumento do investimento na alimentação escolar a base de produtos locais".
Segundo Elsa Barber a alimentação saudável é também um bom incentivo para combater o absentismo, contribuir para redução do trabalho infantil, do casamento e gravidez precoce e para além de ajudar a quebrar o ciclo de pobreza.
Salientou que o Dia Mundial da Alimentação, deve ser aproveitado para reforçar a consciencialização da sociedade no geral de que é preciso manter-se informado sobre questões como nutrição e alimentação para se ter uma vida saudável.
Disse que infelizmente, a pandemia da COVID-19, que assola o País e Mundo, continua a expor fraquezas nos nossos sistemas alimentares, que ameaçam a vida e a subsistência de pessoas em todo o mundo.
"No entanto, as ameaças globais à saúde, os desastres naturais, como a seca e inundações cada vez mais frequentes levam a crises humanitárias relacionadas e o deslocamento de pessoas, o que ameaça o progresso e o desenvolvimento conseguido nas últimas décadas" afirmou.
Destacou que as mudanças climáticas são um dos maiores desafios do nosso tempo e os seus impactos adversos prejudicam a capacidade de todos os países para alcançarem o desenvolvimento sustentável.
"Por isso, é imperioso a disseminação das tecnologias de informação e comunicação e a interconexão global que têm um grande potencial para acelerar o progresso humano, colmatar o fosso digital e contribuir para o desenvolvimento de sociedades, do conhecimento, assim como a inovação científica e tecnológica em áreas tão diversas como a agricultura, a medicina e a energia" asseverou.
Adiantou que o país está a caminhar para o auto sustento, em especial nos alimentos de base. Mas ainda há um longo caminho a percorrer. Isto quer dizer, que é preciso produzirmos muito mais, e aqui reconhecemos, que para tal é necessário mais investimentos na agricultura e pecuária, por forma a dotarmos os micro, pequenos e médios produtores agro-pecuários de meios e pacotes tecnológicos modernos, melhorar a produtividade, reduzir os custos de produção e consequentemente aumentar o rendimento das nossas famílias.
Elsa Barber fez saber que o Executivo Angolano está a desenvolver uma série de programas para a Melhoria da Segurança Alimentar e Nutricional que visam alcançar níveis satisfatórios de segurança alimentar e nutricional no País, reforçando a articulação entre as instituições governamentais e a sociedade civil, a identificação dos problemas, à análise de situações e à proposta de soluções.
Afirmou que em Angola, as mulheres rurais são as responsáveis por mais da metade da produção dos alimentos. Elas exercem também um importante papel na preservação da biodiversidade e garantem a soberania e a segurança alimentar ao se dedicarem à produção de alimentos saudáveis.
Lembrou que o Executivo angolano tem adoptado medidas que possibilitam a integração das questões de género no centro dos programas e de políticas de desenvolvimento.
No entanto, entre os objectivos para este ano, destacamos o incentivo aos bons hábitos alimentares e a disseminação dos benefícios de uma alimentação saudável, sobretudo para comunidade estudantil. Espera-se também por um processo de somar esforços entre as organizações nacionais e internacionais, organismos de governo, através de uma rede de diálogo e políticas públicas, que estão vinculadas com o empoderamento das mulheres e tornar acessível a informação gerada não só do governo, mas também das organizações que trabalham directamente com as mulheres.
Acabar com a fome e assegurar o acesso de todas as pessoas a alimentos seguros e nutritivos, acabar com todas as formas de malnutrição, duplicar a produtividade agrícola e o rendimento dos produtores de alimentos em pequena escala, garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e Aumentar o investimento na agricultura estão entre os principais objectivos de desenvolvimento sustentável.
Por este facto, é que afirmamos que apostar numa alimentação saudável, é contribuir para o desenvolvimento humano e bem-estar das nossas comunidades ``, finalizou a secretária de Estado para Família e Promoção da Mulher, Elsa Barber.