• Executivo Angolano Comprometido Com O Empoderamento Da Mulher E Da Rapariga


    Ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, destacou nesta terça-feira (31/05), que a inclusão financeira das mulheres em especial, visa estimular a participação plena destas nos sectores e níveis de actividades económicas, contribuindo para a construção de economias fortes, o estabelecimento de sociedades estáveis e justas e a melhoria da qualidade de vida das mulheres, em particular e consequentemente das famílias.

    Faustina Alves de Sousa que falava durante o fórum sobre Inclusão Financeira, lembrou que

    Angola tem uma população em crescimento e maioritariamente jovem, entre os 0 a 25 anos, e deste grupo, a população feminina representa mais do que a metade 51%.

    Os dados estatísticos, realçam a necessidade de haver maior engajamento de Angola no reforço das acções de empoderamento da mulher a todos os níveis sendo uma prioridade e uma premissa das estratégias, para o alcance dos objectivos na redução dos índices de pobreza, cuja matéria pela sua transversalidade, perpassa pelo envolvimento dos diferentes Sectores, assim como a junção de sinergias e complementaridade das acções dos intervenientes na cadeia de promoção e empoderamento da mulher em Angola.

    Disse que o Executivo Angolano está comprometido com o empoderamento da mulher e da rapariga, aprovou o Decreto Presidencial n.º 222/13, de 24 de Dezembro, que define a Política Nacional para Igualdade e Equidade de Género e a sua respectiva Estratégia de Advocacia e Mobilização de Recursos para Implementação e Monitorização, incluindo o Programa de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza, com o intuito de acelerar a participação das mulheres e dos homens no domínio político, económico, social e familiar em todas as etapas, respeitando os princípios de igualdade e equidade de género, potenciando-as com iniciativas de geração de renda e inclusão produtiva para a promoção do auto-emprego.

    Nesta senda, o Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, em parceria com o Ministério da Economia e Planeamento, por via do INAPEM e a FAO desenvolve medidas de políticas que promovem o desenvolvimento sustentável da mulher, igualdade e equidade de género tomando como exemplo dentre outras acções, a capacitação de mulheres no agronegócio e na pesca, contribuindo assim, para a remoção de barreiras no empoderamento económico da mulher.

    Destacou o protocolo de parceria no domínio da literacia financeira assinado entre o MASFAMU e o BNA que permitiu realizar 105 (cento e cinco) acções de Educação Financeira, com um registo de 2.737 (dois mil setecentos e trinta e sete) participantes, maioritariamente jovens mulheres, organizadas por grupos sociais ou Associações devidamente documentadas e envolvidas nos diversos sectores da actividade económica em 14 (catorze) províncias do País, dos quais, foram formados 872 (oitocentos e setenta e dois) multiplicadores, em Gestão de Finanças Pessoais e Familiares em 10 províncias.

    Foram realizadas Campanhas de Sensibilização em 8 (oito) províncias, que resultou na abertura de 1.020 (mil e vinte) Contas Bancárias Simplificadas, incluído a Bankita e atribuídos 154 (cento e cinquenta e quatro) Cartões Multicaixa.

    No domínio da inclusão social e produtiva, o projecto de fortalecimento da protecção social, denominado Kwenda, que até ao momento beneficiou 353.333 pessoas, em 35 Municípios, de 18 Províncias do País com transferências sociais monetárias, sendo que, mais de 70% dos beneficiários são mulheres chefes de famílias.

    No âmbito do Projecto de Promoção de Género e Empoderamento da mulher, inserido no Programa de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza, foram cadastradas um total de 130 mulheres, para o Projecto de Catadoras de Resíduos Sólidos, criados 37 pontos de concentração de resíduos, nas localidades do Belo Monte, Cacuaco e Viana .

    Em actividades geradoras de rendimento, em 2021, foram integradas, 34.936 pessoas, em diversas actividades como, comércio, corte e costura, pastelaria, agricultura e pesca, entre outros.

    Apelou a criação de sinergias para uma aposta contínua na mulher, principalmente no meio rural e periferias das cidades, garantindo o seu acesso à terra, à formação, ao crédito e às pequenas tecnologias de produção e transformação pós-colheita de forma a ser inserida no agronegócio e por conseguinte, reduzir os índices de pobreza e de vulnerabilidade.