Esta é uma das recomendações saídas dos VI fórum de micro finanças, promovido pelo Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, que decorreu em Luanda nesta terça-feira (19/07), em Luanda que decorreu sob o lema "Promover a Inclusão Financeira da Mulher é Apostar no Desenvolvimento Económico do País”.
Presidido pela ministra do MASFAMU Faustina Alves de Sousa, o fórum esteve dividido em três painéis, que abordou essencialmente as políticas de inclusão financeira e fomento do financiamento para as mulheres, oportunidades e produtos financeiros para mulheres e experiências nacionais e internacionais.
O fórum recomendou a criação de uma linha de crédito para o financiamento de mulheres economicamente activas, com taxas de juros cobertas e 50% de garantias, por via de instituições detentoras de fundos do Estado ou de outras receitas a identificar, decorrentes de taxas.
A criação da comissão intersectorial de micro finanças e de um comité de microcrédito integrado por instituições chave para agilizar o processo de atribuição de crédito à mulheres, assim como a reactivação do Grupo Técnico Intersectorial de micro finanças, para agilizar o processo de atribuição de crédito às mulheres, é igualmente uma das recomendações do VI fórum de micro finanças.
A sessão de encerramento foi presidida pelo secretário de estado das finanças e tesouro Ottaniel dos Santos, que na sua intervenção reconheceu que as mulheres são o sustentáculo económico das famílias com actividades que devem ser cada vez mais valorizadas através da sua capacitação e do acesso a serviços financeiros flexíveis e adequados às suas circunstâncias.
Para Ottaniel dos Santos, um dos grandes desafios para as micro finanças é o facto de serem vistas como um sector secundário, uma actividade de desenvolvimento para pessoas em situação de vulnerabilidade em que participam os governos, através de programas específicos, organizações não governamentais e investidores com consciência social.
O secretário de estado das finanças e tesouro acredita que o caminho de robustez institucional e de inclusão financeira, em particular das mulheres está ser percorrido em Angola com impactos notáveis na área social, com criação de empregos , na formalização das actividades económicas e no incremento da receita fiscal.

O fórum promovido em parceria com o Banco Nacional de Angola, juntou deputados a assembleia nacional, secretários de estado dos ministérios da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, e da Finanças, Provedor Adjunto da Justiça, Representante da União Europeia em Angola, Embaixadores acreditados em Angola, representantes dos Departamentos Ministeriais, representantes das Agências das Nações Unidas em Angola, Directores Nacionais e Provinciais do MASFAMU, Directoras Provinciais e Municipais da Acção Social, Família e Igualdade de Género, Entidades Eclesiásticas, Representantes de Organizações Femininas de Partidos Políticos, parceiros sociais e líderes de cooperativas perfazendo 172 participantes presenciais e 173 na sala virtual.