Angola partilhou na cúpula mundial económica e de negócios das mulheres 2022, os progressos alcançados pelo nosso país, relativamente a inclusão económica e financeira das mulheres.
O certame realizado de 14 a 15 de Julho na Malásia, juntou mais 20 países, onde Angola esteve representada pela secretária de estado para família e promoção da mulher Elsa Bárber, de forma virtual.
Na sua apresentação, enfatizou o empenho do Executivo Angolano que tem priorizado cada vez mais a efectiva construção de políticas públicas para as mulheres, bem como a tomada de um conjunto de iniciativas e acções para criar uma sociedade justa e equitativa.
Revelou que o PREI enquanto iniciativa multissectorial do Governo de Angola, sob a coordenação do Ministério da Economia e Planeamento, que visa a reconversão da economia informal para formal, 80% da economia nacional, encontra-se no sector informal que é maioritariamente controlado por mulheres.
Adicional a esta medida, informou que têm sido realizados ciclos de formação e formalização de cooperativas, assim como campanhas de incentivo ao processo de abertura de Contas Bancárias Simplificadas, para permitir a adesão ao Programa de Massificação de Terminais de Pagamentos Automáticos (TPA’s) para micro empreendedoras nos mais variados sectores de negócio, como Agricultura, pastelaria, corte costura, artesanato, entre outros.
Ainda no âmbito da literacia financeira, destacou que o Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher e o Banco Nacional de Angola, rubricaram um protocolo de parceria tendo em vista o reforçar do desenvolvimento de acções destinadas à promoção da literacia e a inclusão financeira das famílias, dos grupos mais vulneráveis da população e das mulheres, a nível nacional.
Falou também da autonomização da Mulher Através do Acesso à Terra, Financiamento e Mecanização Agrícola, participação da Mulher nos Processos de Tomada de Decisão e o Acesso à Justiça e do Fórum Nacional sobre Micro-finanças, como um espaço de diálogo, interacção e troça de experiências.
Elsa Bárber, explicou que Angola registou igualmente progressos no capítulo legislativo com aprovação de instrumentos importantes para eliminação das barreiras que ainda impedem a mulheres de ocupar os lugares cimeiros nas instituições financeiras.
No seu ponto de vista a inclusão financeira em geral, e da mulher, em particular, deve ser vista como um factor crucial para o empoderamento e autonomia económica e financeira, na medida em que contribui para a construção da confiança e capacidade de tomar decisões informadas e de gestão das finanças pessoais de forma eficaz e eficiente.
Recorreu aos dados do Banco Mundial, para mostrar que mais de 70% das mulheres africanas são excluídas pelas instituições financeiras ou não podem receber serviços financeiros, tais como poupança ou conta à ordem, empréstimos, crédito e outros serviços institucionais, com condições adequadas para as suas necessidades.
Para inverter o actual quadro, a Secretária de estado para família e promoção da mulher, avançou como desafios um Orçamento sensível ao Género, atendendo a importância da sensibilidade de Género Institucional, criação do Observatório de Género para apoiar na recolha de dados sobre o Impacto das Políticas Públicas nas Mulheres e no Combate contra as Desigualdades a fim de Moldar e Estudar Políticas Públicas Sensíveis a Igualdade de género, promover formas de Micro-crédito, alavancar a geração de Renda das Mulheres a fim de contribuir para o combate à pobreza e inclusão económica e financeira e promover a criação e formalização de cooperativas como instrumentos facilitadores de negócios.
