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ACÇÃO SOCIAL
11 Maio de 2022 | 07h05 - Actualizado em 11 Maio de 2022

Kwenda apoiou 17 mil beneficiários directos e 84 mil indirectos em iniciativas económicas e produtivas


Director do Fundo de Apoio Social FAS, Belarmino Jelembi, disse que os critérios para a escolha dos municípios para o programa Kwenda obedece a ordem expressa no relatório de pobreza multidimensional lançado pelo Instituto Nacional de Estatística em 2020, garantindo que actualmente o projecto está nas 18 provincias do país.

"A expansão vai ocorrendo de acordo com os níveis de pobreza de cada município, o que faz com que o programa seja abrangente e o dinheiro está a chegar as mãos dos beneficiários”, ressaltou.

O responsável destacou que o projecto Kwenda abarca quatro  componentes:Transferência monetária, Inclusão produtiva, Municipalização da acção social e o Cadastro social único, sendo que 80 por cento dos beneficiários utiliza o dinheiro para acções de inclusão social.

O indice de pobreza multidimensional  está constituído por quatro dimensões Saúde, Educação, Qualidade de vida e Emprego, bem como 16 indicadores que expressam as diferentes privações enfrentadas pelas pessoas que vivem em pobreza e são bastante importantes para capturar a realidade do País. 

Uma pessoa é considerada multidimensionalmente pobre em Angola se sofrer privações em 30% ou mais das dezasseis privações ponderadas. 

A incidência da pobreza a nível nacional é estimada em 54,0%, ou seja, mais de 5 em cada 10 pessoas em Angola são multidimensionalmente pobres. 

Mais de quatro em cada dez angolanos são pobres com privações em habitação de qualidade adequada (44,2%),  em electricidade (43,7%) e em registo civil (43,3%).

Dados disponíveis indicam que, até à data presente, o Kwenda beneficiou 314 mil agregados familiares, com transferências monetárias. Cada uma das famílias recebeu, trimestralmente, 25 mil 500 kwanzas.

Dos actuais beneficiários, de um total de 650 agregados cadastrados no país, 62 por cento são mulheres, que foram cadastrados em seis mil 500 aldeias, de 42 municípios e 158  comunas, das 18 províncias do país. 

O programa prevê, até 2023, atender um milhão 608 mil agregados familiares.

O país já aplicou 23 milhões de dólares, dos USD 420 milhões disponíveis, sendo USD 320 milhões financiados pelo Banco Mundial e 100 milhões, pelo Governo angolano.

Segundo a ministra de estado para área social, Carolina Cerqueira, que orientou o debate, o programa será alargado para mais dois anos, sem contudo avançar números e beneficiários.

O Kwenda apoiou 17 mil  beneficiários directos e 84 mil indirectos em iniciativas económicas e produtivas, com foco na agricultura, pesca, criação animal, produção de mel, corte e costura, moto-táxi, caixas comunitárias, transformação de produtos e artesanato, segundo a vocação das famílias.

Em relação à municipalização da acção social, o programa permitiu a ampliação de serviços sociais de protecção social, através dos Centros de Acção Social Integrados (CASI), num total de 24, dos quais 12 estão em funcionamento, que atenderam 18 mil pessoas, facilitando-lhes o acesso a serviços de protecção social (registo e BI).

Já a componente do Cadastro Social Único permitiu o cadastramento de um milhão e 500 cidadãos em situação de pobreza e vulnerabilidade.

O Kwenda conta com mil 500 Agentes de Desenvolvimento Comunitário e Sanitário (ADECOS), 181 técnicos e 155 supervisores, organizados nas 18 províncias e sete bases regionais de apoio, que ocupam as primeiras linhas de contacto com as famílias.


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